Este escrito poderá ser assimilado somente por adeptos da Mensagem do Graal.

Quem não conhece essa obra não compreenderá o seu conteúdo.

12. Anunciação de 2015

Estarrecidos, os guias enteais do Burgo Walhalla olham para baixo, para a Terra que ainda permanece na escuridão. Combatentes luminosos, animados para a luta, estão à disposição para, finalmente, avançar para lançar ao precipício todos os seres diabólicos das trevas.

Com o dia 5 de abril de 2015 – já destinado para isso desde o dia da crucificação do Filho do Deus – iniciou-se agora o último período para o espiritual humano na Terra. Vós vos encontrais diante de vossa última decisão. Ireis agora correr realmente ao encontro do antigo destino desde o assassinato do Filho de Deus, ou ireis reconhecer e agarrar ainda a âncora de salvação para também poder vivenciar a manhã de ressurreição de toda a Criação Posterior, como outrora foi anunciado por “Imanuel”?

Para isso, preparai-vos nas próximas semanas para o Dia da Solenidade da Pomba. Não deixeis surgir em vós, a partir deste momento, nenhum outro pensamento como sendo mais importante.

A Terra encontra-se em profunda escuridão, mal pode ser percebido um raio de luz. Muito acima de toda a escuridão, espera o elevado enteal em sagrada missão para ainda mais uma vez acompanhar a Luz até o vosso mundo.

Elevai os olhares, espíritos humanos, não mais dirigi vosso olhar para a vossa Terra. Vós, que nestes dias quereis abrir-vos à Luz, aguardai profundamente em vossas almas o momento, em que a cortina para o santuário irá se abrir novamente. Aguardai o momento em que, mais uma vez, a Pomba aparece sobre o Cálice Sagrado para a renovação da força.

Agradecei, vós seres humanos, por a Luz irradiar mais uma vez naqueles locais onde até mesmo apenas uma chamazinha espiritual esteja lutando na mais profunda saudade pela Luz.

Abri bem as vossas almas para que a bênção que se aproxima não vos ignore.

Contudo, estejais atentos e não deis pouca importância ao que agora ainda vos será anunciado, pois isso se refere àqueles, aos quais já foi permitido receber a Palavra viva. Figuras tenebrosas, que não têm mais ligação com a Vida, querem vos prejudicar, pois querem sangrar as vossas almas. Elas necessitam da força que a vós é permitido receber e, por isso, ainda não vos importunarão nesses dias, para que possais receber a força com calma. No entanto, isso eles fazem somente para roubá-la depois de vós, assim que vos tornardes desatentos.

Vosso desejo de prestígio, também diante de vós próprios, de se dar um alto valor, seja em morna modéstia ou falsa humildade, de se considerar ainda valioso, de vangloriar-se na presunção ou olhar compassivamente para outras pessoas, tudo isso se tornará uma fatalidade para vós. Com esse tipo de pensamento dais às trevas curso livre para que mergulhe o cordão de alimentação como um cordão umbilical em vossa alma para, com isso, vos roubar a força. É a vaidade, e com ela o enganoso sentimento de valor próprio, que vos levará à queda. As trevas já há muito tempo se alimentam dessa forma. Senão, elas já há muito teriam enrijecido em total imobilidade.

Vós sois responsáveis pelo que acontece com a força que vós recebestes. Não mais deveis desperdiçá-la inutilmente.

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Estejais agora preparados para algo novo que recebeis por meio deste escrito. Irrompe, nestes dias, uma época para o espiritual humano, a última oportunidade para não falhar como inútil no Cumprimento da Consumação.

Por isso, levai a sério o que vos será anunciado com este escrito.

Com o recebimento, cada um assumirá também a responsabilidade. Depende de cada um, se ele por indiferença, querer saber melhor ou receio, o deixa de lado ou se reconhece a gravidade da época. Não com a leitura, mas sim, já com o recebimento vós assumis a responsabilidade. Não enterreis o saber que vos é permitido receber com ele, mas sim, levai-o adiante, para que cada um que já conhece a Mensagem, também tome conhecimento deste texto.

Com isso, cada um também tem que tomar a decisão, se aquilo que recebe com este escrito é reverenciado em sua alma ou se ele, daqui por diante, deseja permanecer calmamente na ignorância. Nenhum ser humano deve impedir esta decisão a outro, ao não passar este escrito adiante, com a justificativa de não querer sobrecarregar-se com culpa pela divulgação de algo que ele, pessoalmente, achar errado. Cada um que já perscruta na Palavra da Mensagem receberá agora a oportunidade de também ler este escrito para, então, ele mesmo decidir.

Quem impede isso, torna-se culpado.

Ass. Simon

Para uma compreensão mais profunda deste escrito, é conveniente ler também o escrito “O Filho do Homem e a Hora do Cumprimento”, o chamado número 11.

Os próprios Chamados da Criação Primordial 2013-2017 foram enviados para preparar-vos para a época vindoura, sobre a qual agora está sendo relatado aqui.

Por enquanto, aprendei, contudo, o que de errado – por vós mal interpretado – tem se desenvolvido até agora.

Parte 1

O Movimento do Graal

A primeira parte deste comunicado foi escrita inicialmente para o intelecto, pois em primeiro lugar este deve reconhecer seu criminoso comportamento errado – desde que o espírito esteja desperto para isso. Somente então ele abandonará o seu querer saber melhor, porque terá que reconhecer que lhe falta totalmente a possibilidade de um compreender. Porém, assim que o espírito o assimilou antes dele, um compreender também será então possível ao intelecto, mas para isso ele depende incondicionalmente da condução de seu senhor, o espírito.

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Os acontecimentos terrenos do Graal e seus efeitos em todo universo

Desde sempre, todas as religiões surgiram baseadas nos ensinamentos de um enviado da Luz. Todas elas têm uma coisa em comum. Elas exigem para si o direito de uma exclusividade; isto é, de encontrar-se mais perto da Luz do que o conseguem as outras religiões. Assim também hoje, os movimentos terrenos oficiais do Graal.

Eles se apoiam sobre o seu saber da Mensagem do Graal, a última grande anunciação da Luz. Cada um desses agrupamentos, porém, exige para si o direito de representar, sozinho, a Luz na Terra, através dos assim chamados atos do Graal. Os seus adeptos, geralmente, encontram a confirmação disso num auxílio vindo da Luz, sempre de novo reconhecível.

Contudo, deveria ser observado o seguinte: auxílio é prestado em todo lugar onde existe anseio pela Luz.

Tomemos uma vez as cifras das vendas da Mensagem do Graal em todo mundo. Soma-se a isso ainda a divulgação não insignificante da Mensagem original. Também não devem ser subestimadas as versões baixadas da Internet. Pela visão atual, parece ser bem mais de um milhão de espíritos humanos que estão em ligação com a Palavra. O número não contabilizado é desconhecido. Quão reduzido é, comparado a isso, o número de adeptos nos círculos oficiais do Graal, nas comunidades daqueles que se denominam portadores da Cruz. Na Alemanha são, talvez, quatro mil, provavelmente não mais.

Isso significa que, em todo mundo, consideravelmente mais seres humanos têm contato com a Palavra do que existem adeptos nos movimentos do Graal.

Enquanto os adeptos das comunidades oficiais frequentemente se prendem cada vez mais mentalmente à sua organização, muitos dos outros leitores, ao contrário, encontram-se, em parte ainda inconscientemente, em ligação direta com os centros luminosos.

Isso se deve à maneira não influenciada – por qualquer organização – de processar as impressões em suas almas.

Com isso, eles atuam sobre o seu ambiente mais próximo, sem que devesse surgir um sentimento de ser atraído para uma comunidade ou até seita. Isso significa, em palavras claras, que da perspectiva espiritual, o círculo de adeptos e interessados na Mensagem do Graal fora das organizações oficiais, não é apenas muitas vezes maior, mas, sim, também atua consideravelmente de modo mais eficaz do que dentro dos grupos que se apresentam como representantes oficiais.

Surge a pergunta: um movimento do Graal conduzido por seres humanos ou, até, pelo intelecto humano, além de organizar a indispensável impressão do livro, na forma atual, é enfim útil à causa?

Inicialmente, podemos partir sossegadamente do princípio de que a Luz encontra o seu caminho também sem organização terrena rígida; as vias do intelecto, pelo contrário, são escurecedoras e desviam para os problemas visíveis, puramente terrenos.

Por isso, do ponto de vista espiritual são, por enquanto, mais fortes em seu atuar aqueles que sem pressão coletiva passam sozinhos as horas de devoção. Esses são independentes, formam e mantêm a ligação com os centros de força que, por sua vez, atuam retroativamente sobre todos aqueles que não procuram contato no sentido humano, mas sim, muitas vezes inconscientemente desejam atuar eles mesmos para a transformação da Terra grosso-material em um mundo mais luminoso.

Aqui já seja antecipado que o próprio Abd-ru-shin nunca quis fundar uma igreja. Ele escreveu a Mensagem do Graal e principalmente a “versão de última mão” da Mensagem do Graal como um compêndio de natureza natural-filosófica. Com ela, ele queria esclarecer o mundo com relações claras e lógicas.

A ciência e, com isso, também a humanidade logo teriam reconhecido que aqui alguém tinha escrito um livro que dispunha sobre um saber que outrora ainda não era terrenamente possível, uma vez que na época de sua elaboração a ciência natural ainda não tinha pesquisado tão profundamente. E logo, a pesquisa teria reconhecido que tudo já foi descrito nesse livro. Abd-ru-shin teria sido reconhecido como gênio. Isso teria acontecido em grau ainda maior do que acontece hoje com Einstein pela sua teoria da relatividade. A humanidade teria ficado atenta, pois isso somente poderia saber alguém que não se originasse deste mundo ou que pudesse haurir de planos mais elevados.

Por meio da criação de uma comunidade religiosa baseada na Mensagem do Graal, a mesma Mensagem foi banida mundialmente para a área de religião, ou seja, de seita, e com isso considerada como irrelevante pela ciência e pela pesquisa, não sendo levada a sério.

Ninguém mais se deu ao trabalho de lê-La como aquilo que Ela na verdade deveria ser: um livro natural-filosófico que esclarece o mundo.

Com isso, esse livro, em vez de esclarecer o mundo e finalmente também salvá-lo, tornou-se o apoio de uma religião não reconhecida; do ponto de vista político-social e pela sociedade foi deixado de lado como sendo uma leitura de seita. Somente ainda alguns milhares de espíritos que procuram, e antes do nascimento para isso já foram destinados, encontraram o caminho até a Mensagem. Estes espíritos, porém, provavelmente teriam sido mais bem servidos com a Mensagem Original, pois essa abriga tudo o que realmente precisam em sua procura. No entanto, devido às decisões da direção do Graal daquela época, a forma pura da Mensagem não é mais disponibilizada aos portadores da Cruz por parte da administração e da fundação do Graal.

Considerando isso, deve-nos sobrevir um pressentimento de que um erro fatal foi cometido.

Apresenta-se a pergunta: como aconteceu que o movimento oficial do Graal se formou, apesar de que Abd-ru-shin já em sua introdução “Para Orientação” tenha dito claramente: “A Palavra a seguir não traz uma nova religião”? Conforme testemunhas da época, Ele também recusou tudo o que de alguma forma poderia ter ligação com uma religião.

Apesar de tudo, após a Sua morte terrena foi fundada esta comunidade religiosa. Aí também, de nada adianta se naqueles círculos for respondido que não se tratava nem de uma seita nem de uma religião. Decisivo é o seu procedimento e esse corresponde ao de uma comunidade religiosa ou de uma seita. Por que isso aconteceu?

É uma característica humana, a de querer pertencer a uma organização terrena para fortalecer nela a fé. Que estes, então, se agrupam correspondentemente para, por sua vez, procurar semelhantes no desejo de ligação, é uma consequência lógica (lei da atração da igual espécie). Neste sentido, o surgimento do movimento do Graal, como movimento político-social, se esclarece não podendo ser diferente quando a Vontade do Autor é violada. Contudo, o que resultou desse movimento até hoje? Pois, comparativamente é uma parcela muito pequena de seres humanos que encontrou o caminho até ele. Estes poucos, então, vivem geralmente num sentimento de agradecimento por, finalmente, encontrar-se entre pessoas da mesma índole. Sentem-se agradecidos por pertencerem agora ao mesmo círculo, pois, através da Mensagem do Graal sentem-se abençoados de ser a única comunidade que segura a Verdade nas mãos.

Muitos seres humanos encontram a Mensagem, porém, assustam-se quando ficam sabendo que por trás existe um tipo de seita. Melhor nem as trevas poderiam ter camuflado a Mensagem para evitar a sua divulgação. Quem, então, se admira do receio geral de examinar esta obra de modo filosófico ou até científico, depois de ter analisada a história de seitas e igrejas e de seus métodos.

Aparentemente, este caminho foi o errado. Ou será que, apesar de tudo, Lúcifer conseguiu usar o seu poder por conhecer as fraquezas dos seres humanos?

Também Abd-ru-shin conhecia as fraquezas, por isso, muito o importava que a “versão de última mão” da Mensagem não levasse à formação de uma religião. A humanidade teria se aproximado de Sua obra de modo muito mais imparcial.

Assim não tardou que, como em todas as seitas, essa comunidade tornou-se igualmente um campo de movimentação de fanáticos religiosos. Estes, porém, prejudicam mais do que ajudam. Vantagem, aliás, é que também muitos espíritos predestinados para isso se sentiam atraídos ao movimento do Graal terreno. Neste sentido, essas comunidades são, sem dúvida, espiritualmente mais valiosas do que seitas comuns. No entanto, essas almas são atadas a regras de comportamento que impedem um espírito livre de reconhecer toda a Verdade.

Aliás, um fenômeno surpreendente chama atenção há anos. Muitos seres humanos encontram acesso à maioria das seitas. De modo diferente acontece nos movimentos oficiais do Graal. Apesar de que esses se apoiam na Verdade em sua forma mais pura como base, a sua afluência é relativamente muito pequena.

Neste ponto, dificilmente poderá ser negado: essas organizações, administradas de modo centralizado, nunca poderão exercer uma séria influência de transformação na Terra cada vez mais escurecida, tendo em vista o lapso de tempo ainda restante. Neste caminho, isso parece não ser possível, essa semeadura não está apropriada para germinar.

Mas, por que será? Apesar do fato de os dirigentes, os círculos e seus adeptos não pouco se empreenderem para a divulgação. Certamente agora esses círculos afirmarão: é indolência do espírito e, as trevas têm a sua mão no jogo. Esse pensamento logo passará pela cabeça de muitos. Por que, então, todas as religiões erroneamente conduzidas encontrariam tanta afluência?

De quanta presunção se esconde atrás desses pensamentos, provavelmente ninguém se torna ciente. Que talvez justamente aqueles que nutrem esse pensamento sofrem, eles mesmos, da indolência no espírito, depois que inicialmente foram atraídos pela Palavra, isso eles geralmente não consideram, pois eles encontraram, e sentem-se satisfeitos com aquilo que encontraram. Com a declaração: “a Palavra da Mensagem me dá tudo de que necessito”, eles encontram o seu sossego. A Palavra, porém, deve atingir o espírito como uma chama, por isso diz no começo: “Sagrada é a Palavra”. Porém, também pode atuar como ópio quando o espírito deixa passá-la indolentemente ao seu lado, deixando a cargo do sentimento regalar-se então nela. Para tal indolência auxilia também a segurança na comunidade.

E existe um bom número dos que processam a Mensagem somente, ou ao menos principalmente, com o seu sentimento. Um sossego caloroso proporciona a eles uma profunda paz. Em que sono profundo, aliás, eles caem, não se lhes torna consciente porque o seu sentimento e, muitas vezes também o seu intelecto, continuam muito ativos. Apenas alguns poucos são impulsionados adiante em sua intuição. Estes não param de procurar e de perguntar, apesar de terem o receio de serem considerados ainda muito imaturos quando fazem muitas perguntas indesejadas. Apenas poucos têm a coragem de obter, eles mesmos, uma opinião quando ouvem falar de escritos proibidos (Mensagem Original). Contudo, perguntar não lhes é permitido, pois com isso eles seriam considerados imediatamente como renegados. Alguns, porém, parecem dispostos para examinar o que neles soa como ressonância; mesmo que já o falar a respeito pode levar rapidamente ao desligamento. Uma característica dessas almas é o seu sofrimento; elas sofrem com a situação não apenas dessa comunidade, mas, sim, de todo mundo.

A orientação fatal do intelecto e do sentimento, afastada da Luz, quase de toda a humanidade, principalmente na política, economia, no progresso e no comportamento social, com todas as tentativas bem intencionadas de atuar de modo humano, também na medicina e nas religiões, até chegar à forma terrena do movimento do Graal, tudo isso lhes causa grande sofrimento, porque têm de reconhecer que, apesar de todos os esforços, nada mais pode ser mudado nesse desenvolvimento errado.

Este planeta não se encontra no ponto em que ele deveria estar de acordo com as leis cósmicas. No que se refere à sua constituição, esta não é desejada pela Luz. Desta forma ela nunca deveria ter surgido. Quanto mais fundo cada um sondar na Mensagem, tanto mais sofrerá com a situação deste mundo. No entanto, esta situação foi provocada pelo próprio espiritual-humano durante milênios. Hoje não vive ninguém na Terra que não tenha contribuído para isso.

No reconhecimento desse caminho humano, que leva irrevogavelmente ao naufrágio, reside a purificação para essas almas. No desespero de não mais conseguir mudar isso – a não ser a sua própria opinião interior, a qual, então, muitas vezes está em contradição com a concepção e ordem geral da sociedade – elas precisam resgatar a sua culpa. Cada um que se encontra em tal sofrimento anímico pode ser grato, pois sabe que já começou a amadurecer num processo de fermentação, enquanto muitos ainda dormitam satisfeitos, já que têm a Palavra; estes, porém, aspiram ao encontro do “tarde demais”, depois que já lhes foi permitido encontrar a Verdade.

Que vos sirva como advertência: aquele que aceitar a Mensagem com o intelecto ou com o sentimento – na maioria das vezes isso acontece na combinação dos dois – muito em breve terá o sentimento de “ter chegado”, em vez de reconhecer na intuição a “partida” exigida. Não é suficiente ler obedientemente a Mensagem, assistir regularmente às devoções e não prejudicar conscientemente os seus próximos, e no restante estar com ambos os pés firmemente na Terra.

Cada espírito que anseia pela Luz, que reconheceu isso, irá espontaneamente atuar com sua intuição no espiritual e pouco se importar com o terrenal. Com isso é-lhe colocado um anel de proteção, no qual ele pode acalmar-se interiormente, desde que não admita outra vez influências trevosas de ambição falsa em seus sentimentos, de querer salvar coisas terrenas ou desviadas da Luz. E desviado da Luz é tudo o que foi deixado ao critério do intelecto e do sentimento, porque estes só podem reconhecer os últimos efeitos de um poderoso acontecer considerando-os como os mais importantes.

Perigoso, nisso, é sempre outra vez a afirmação geral “devemos estar com ambos os pés na Terra”. Ela induz rápido demais a dar à materialidade grosseira um valor demasiadamente elevado. Essa afirmação foi distorcida pelo sentimento, conduzindo para caminhos errados.

“Nós devemos, sem dúvida, aproveitar o terrenal, porém, não devemos ambicioná-lo.”

Cada espírito humano que reconheceu isso compreende que tudo o que acontece com ele apenas vem em seu auxílio, mesmo que terrenamente possa parecer diferente.

Todo o acontecer fora do terrenal é grandioso e influencia o espiritual humano. Ao ser humano, porém, a visão disso somente será liberada quando ele estiver purificado e tenha resgatado o velho. Caso se prender ao terrenal, também a sua visão permanece terrena. Então ele se encontra realmente com ambos os pés na Terra.

Mas, voltemos à pergunta: qual é o motivo pelo qual o movimento do Graal, em relação a outras seitas, encontra tão pouca afluência? Que o motivo é a influência das trevas, isso parece primeiramente evidente.

Contudo, levanta-se imediatamente também a pergunta: se as trevas podem exercer tanto poder sobre acontecimentos luminosos, então nós todos não estaríamos perdidos sem esperança? Como a Terra poderá ainda ser salva? Somente ainda completa destruição deveria ser então o fim. Nenhum espírito humano teria, então, jamais a possibilidade de se desenvolver em direção à Luz. Seria melhor não partir desse pensamento.

O que mais ainda poderia ser o motivo?

Quem conhece as testemunhas da época, sabe que, depois da morte de Abd-ru-shin, nunca foi intenção da Luz fundar uma comunidade de fé, ou denominemo-la calmamente de religião ou seita com base na Mensagem. Lembremo-nos do que Abd-ru-shin queria. Não brota aí em nosso íntimo a pergunta: foi ou é o caminho dos movimentos oficiais do Graal o certo? Por acaso, a Palavra se protege a si mesma?

Consideremos uma vez os acontecimentos após a guerra.

Depois que o povo alemão se encontrava destruído no chão, porque Aquele que eles não queriam reconhecer havia deixado a Terra em 1941, restou somente ainda uma esperança: “A Mensagem do Graal”. Esta, porém, existia em duas versões. Uma que já antes da guerra foi posta em circulação por Abd-ru-shin pessoalmente, e uma revisada, pronta para impressão.

Frau Maria, Srta. Irmingard e o Sr. Alexander sentiram-se na incumbência de, em nome de Abd-ru-shin, continuar a Sua obra. Além disso, o grupo dos antigos discípulos e dos que ainda se encontravam na Terra e muitos portadores da Cruz os estimularam a isso. O que, senão, deveria acontecer com a obra iniciada? O que seria do Reino do Milênio anunciado pelo próprio IMANUEL, que Ele prometeu erigir pessoalmente? Toda esperança consistia no fato de que as duas mulheres, que outrora como Rosa e Lírio estavam ligadas por irradiação com Imanuel, ainda mantivessem essa ligação.

Assim, formou-se novamente uma comunidade. No entanto, em breve se percebeu que havia diferenças de opinião a respeito da questão, se Abd-ru-shin tinha decidido assim ou diferente. Tinha de ser encontrada uma linha clara. Sabia-se que Ele havia retirado todas as convocações, por isso, sabia-se que Ele não queria mais reuniões e que Ele tinha dissolvido a montanha de Vomperberg como sendo a Montanha Sagrada. Portanto, era evidente, Ele não queria fundar nenhuma religião, ao contrário, Ele manteve a maior distância desse pensamento. Por algum tempo ainda circulava o pensamento ou a esperança de que Ele voltaria em breve para terminar pessoalmente a Sua obra. Até mesmo a Srta. Irmingard mencionou essa suposição diante de outros portadores da Cruz. Simplesmente, não se sabia.

Em vez de então procurar um caminho para divulgar a Palavra, que se enquadrasse nas últimas disposições, houve especulações, se Ele talvez tenha dado suas últimas orientações por motivos de segurança. Contudo, como o perigo do regime de Hitler tinha passado, parecia até lógico não dar maior importância a essas disposições, provavelmente dadas apenas para servir como segurança. Nisso, omitiu-se que a Sua dissertação: “Para Orientação”, na qual Ele se pronunciou claramente contra uma religião, já foi escrita antes de 1931, portanto, muito antes ainda da época em que se falava em Hitler. Assim aconteceu que os adeptos de Abd-ru-shin, contra a sua disposição, estavam dispostos a fundar uma religião. O intelecto humano, que então sem ser identificado assumiu sistematicamente a direção, conhecia apenas essa consequência lógica, a de formar a nova edificação por meio de uma comunidade religiosa.

Até foi encaminhado um requerimento oficial para mandar reconhecer o movimento do Graal como religião. Esse, porém, foi indeferido por parte das autoridades. Essas autoridades basearam-se única e exclusivamente na clara vontade de Abd-ru-shin no início de sua Mensagem: “A seguinte Palavra não traz uma nova religião”. Os adeptos, naturalmente, não deixaram de alegar que a decisão governamental aconteceu sob a influência das trevas. Que ironia se passa aí é, provavelmente, um exemplo para atuações sentimentais típicas. Contudo, eles queriam, de acordo com o seu parecer, lutar em prol da Luz e agora só existia ainda um caminho: fundar uma comunidade de fé com base da Mensagem do Graal. Com o passar do tempo, não foi mais possível evitar um procedimento semelhante ao das seitas.

O bom querer foi o impulso, porém, a ferramenta foi errada. Nisso, também não ajudou o fato de Frau Maria ter pronunciado as palavras: “Agora eu me encontro diante de vós para continuar a Sua obra”.

A Sua obra era, por um lado, escrever a Mensagem, isso Ele tinha finalizado em 1931. Por outro lado, era a instituição do Reino dos Mil Anos. Isso fracassou devido aos seres humanos que deveriam ajudar nisso. No entanto, o Reino somente Ele pessoalmente poderia instituir, isso resulta da compreensão das leis da Criação. Essa obra, portanto, não podia ser continuada, uma vez que ainda nem tinha começado. Por esse motivo, no início ainda havia nos seus adeptos a esperança de que Ele poderia voltar para instituir o Reino. Isso foi novamente descartado dos pensamentos com as palavras de Frau Maria: “Agora me encontro diante de vós para continuar a Sua obra”. Na mesma ocasião foi queimada a Mensagem Original.

Com isso, nada mais atrapalhava o caminho para uma reconstrução, uma vez que a Sua obra seria continuada agora. A mulher, com a qual a ligação de irradiações, outrora, havia se unido com a Maria do divinal, foi vista agora como sua representante.

Contudo, a ligação de irradiações com a Maria do divinal, ela ainda existia naquela época…? A este respeito devem ser consideradas as leis da Criação, segundo as quais nem é possível que a Rosa e o Lírio permaneçam sem Imanuel na Terra. Isso também resulta do fato de que Imanuel começou lentamente a ingressar no corpo de Abd-ru-shin somente na época da Transição Universal “1929”. Com o término de sua Mensagem do Graal “1931”, esse processo teve a sua consumação. No “Palavra Final” da Mensagem ele indica claramente para esse fato, antes de começar com as Ressonâncias.

Ele trouxe a Rosa, que era uma parte Dele mesmo, e o Lírio consigo. Estas foram alojadas da mesma maneira nos corpos para isso disponíveis. É apenas coerente e não possível de outra forma, que Ele pessoalmente também tenha levado as duas novamente consigo. Isso aconteceu, conforme testemunhas da época, já antes do falecimento terreno de Abd-ru-shin.

A este respeito, o escrito “A Palavra vós reconhecestes…” do livro “Chamados da Criação Primordial 2013- 2014” também dá resposta.

Mais adiante, torna-se claro no presente escrito porque não podia ser de outro modo.

Porém, levanta-se primeiramente a pergunta, qual missão deveriam ter realmente cumprido Frau Maria e seus seguidores na Terra? Tratava-se da conservação e da continuação da impressão da Mensagem, já pelo motivo de que somente ela possuía agora todos os direitos autorais. Com os fiéis remanescentes, ela deveria ter conduzido ambas as formas da Mensagem às suas diferentes destinações. A Mensagem do Graal original a todos os espíritos que procuram seriamente.  Àqueles que, seguindo o seu anseio, encontraram o caminho para a Verdade, eventualmente também através da Mensagem “versão de última mão”, a qual, então independente de toda religião, seguia para venda. Dessa maneira, a divulgação da Palavra teria tomado um curso totalmente diferente.

Portanto, tratava-se realmente da futura divulgação da Mensagem, não, porém, da fundação de uma religião.

A Mensagem não deveria ser propagandeada, assim escreveu Abd-ru-shin. Ela também não deveria ser oferecida nem empurrada insistentemente, assim lemos nas Ressonâncias. Por que Ele assim o dispôs? Como um livro pode ser divulgado sem propaganda. Essa disposição referiu-se evidentemente somente à Mensagem original. Ele também escreveu que as dissertações por ele retiradas não mais deveriam ser “lidas”. Mas Ele em nenhum lugar escreveu que elas deveriam ser queimadas. Sob “lidas” ele quis dizer “lidas publicamente”, sob “não publicar” ele quis dizer “destinado apenas para um determinado círculo de pessoas”. Isto é, daquele círculo de pessoas que tinham reconhecido a Palavra e que agora recebiam também acesso à Mensagem original. Porém, estas pessoas não deveriam formar uma comunidade de fé, mas, sim, permanecer separadas, sozinhas. Nesse meio tempo a Mensagem “versão de última mão”, livre de quaisquer religiões, deveria ser um livro que chamaria mundialmente a atenção, primeiramente dos cientistas por causa de seu conteúdo natural-filosófico. É assim que o Filho do Homem em Abd-ru-shin determinou a permanência de Sua obra na Terra.

A verdadeira obra de “Imanuel”, porém, foi a “Consumação”: Trata-se, nisso, do mais grandioso acontecimento desde o início da Criação. Com a Transição Universal, este acontecimento teve também terrenamente o seu início. A Consumação, porém, ocorrerá no plano divino.

A Rosa, como parte do próprio Imanuel, a qual apenas terrenamente atuou em corpo feminino, e o Lírio ao Seu lado tinham que estar junto Dele na hora da Consumação. Como o ser humano pode se atrever a acreditar que ele seja tão importante, que para a Consumação – certamente o acontecimento mais importante desde o início da Criação – a Rosa e o Lírio deveriam encontrar-se na Terra só para ele? Que incrível arrogância, visto do espiritual. Imanuel continuou Sua obra pessoalmente, independente do espiritual-humano. Após o falhar, o destino desta Terra tornou-se novamente incerto. Aliás, foi colocada uma âncora como possibilidade de salvação, porém, essa salvação não era obrigatória.

Para isso, a Terra foi colocada provisoriamente numa via de espera resultante da primeira fase da estagnação, até um momento em que a estagnação deveria dissolver-se lentamente. Cada ser humano individual esteve livre para, ele mesmo, ainda se salvar, para isso ainda havia auxílio suficiente disponível. Para a salvação da Terra como um todo, foram e são agora responsáveis os 144.000 convocados que não tinham traído injuriosamente Abd-ru-shin, mas, sim, indolentemente perderam sua elevada missão. Aqueles que atuaram de modo injurioso provavelmente já estão perdidos. Todos os demais estão presos à Terra, mas também à Mensagem. Eles não podem de outro modo, têm que encontrá-La outra vez após nova encarnação. Para isso eles já foram destinados antes do nascimento.

Porém, voltemos ao desenvolvimento após a guerra no Vomperberg.

O acontecimento espiritual e espiritual-primordial, descrito aqui em poucas palavras, não foi mais compreendido na época, portanto, procurou-se uma solução terrena na colônia do Graal, o antigo campo de ação de Imanuel.

Todos aqueles que não quiseram se adaptar à forma terrena reorganizada, foram declarados renegados. Até mesmo antigos discípulos que foram os colaboradores mais íntimos de Abd-ru-shin e vivenciaram as suas últimas horas de vida, afastaram-se decepcionados. Com isso, formou-se na Montanha um grupo de adeptos que estavam de acordo e que determinavam o caminho. Eles partiram do princípio de, com o apoio da família de Abd-ru-shin, serem os únicos representantes da Luz na Terra. Com base na nova redação de Sua Mensagem, foi resolvido determinar essa Mensagem “versão de última mão” como sendo a única válida, uma vez que os responsáveis não viam nenhum outro sentido reconhecível para a modificação da forma. Mandaram proibir e até queimar a versão original, consideravelmente mais vigorosa, dentro do movimento do Graal.

Não podiam ter comprovado melhor quão pouco eles realmente conheciam a vontade de Abd-ru-shin. Eles decidiram que a humanidade era imatura demais para a Mensagem Original, isso inicialmente se lhes parecia lógico. No entanto, que eles mesmos faziam parte daqueles que quebraram o anel protetor ao redor de Imanuel por negligência, isso eles suprimiram. Era uma inversão de fatos, semelhante à afirmação de que Cristo tenha morrido para o perdão dos pecados, em vez de por causa dos pecados. Abd-ru-shin redigiu a nova Mensagem, porém, não para declarar inválida a Mensagem antiga. A versão Original deveria ter sido conservada para um determinado círculo de pessoas, pois ela é a Palavra tomada forma: “A Palavra Sagrada”. Era necessário aguardar o momento determinado para incluir a Terra e, com isso, o espiritual humano no circular da irradiação, que agora estava se tornando eterno, para que ela pudesse ser elevada. Esse acontecimento ocorre como sequência da Consumação, o verdadeiro objetivo de Imanuel, do Filho do Homem.

Com a queima do texto da Mensagem Original e, com isso, também com o desaparecimento da redação original, foi retirado do movimento do Graal oficial também o acesso à Verdade. Nisso, é irrelevante, se foram os próprios responsáveis que ocasionaram isso ou se alguém lhes sugeriu o impulso para isso. A Mensagem Original não mais deveria permanecer nesse agrupamento. Às vezes, devido ao falhar dos seres humanos, a Luz segue rodeios e deixa as trevas exaurirem as suas forças. Mas, também nesse exaurir as trevas têm que cumprir as leis da Criação, e essas leis servem apenas à Luz, mesmo que através de longos desvios.

Assim, no final, as Leis conduzem tudo para o rumo desejado pela Luz ou destroem o que não se deixa endireitar. A forma atual de divulgação da Palavra, com suas comunidades terrenas, não é realmente apropriada para a transformação da humanidade. Mesmo quando seres humanos obtêm nisso um auxílio proveniente da Luz, isso não significa que esse modo de divulgação era e é o certo; pois o auxílio é destinado ao ser humano individual, desde que a sua constituição interior possibilite uma ligação com a Luz. Isso é vivenciado por seres humanos em toda parte do mundo. Partir do princípio de que isso é fruto da única e verdadeira ligação com a Luz, é uma mera presunção do intelecto. Também em muitos casos deve ser considerado que as trevas muito apreciam seduzir com auxílios lá onde isso agradar à vaidade, ao egoísmo ou à autoglorificação. Aqui deve ser usada a maior vigilância para não cair nessas armadilhas da vaidade.

Cada esforço de viver mensagens oriundas da Luz, se individualmente, na família ou em comunidades, é sempre um caminho em direção à Luz que também encontra ligação. Porém, a crença de se filiar a uma organização, cujos alicerces estejam autorizados a divulgar ou a representar a Luz com exclusividade, é uma clara influência da vaidade, do intelecto e dos sentimentos que nunca são desinteressados.

Onde quer que seres humanos se reúnam para viver a Palavra, também a Luz estará presente. Lá, porém, onde também surge presunção, ela se turva e as trevas obtêm influência.

Diante deste panorama também se explica o acontecimento desde 1945 na montanha de Vomperberg. A reconstrução, a concessão de ligações novamente luminosas, as divisões depois de pouco tempo, até a total separação no ano 2000.

O resultado, dois acampamentos combatendo-se exasperadamente na crença de cada um estar autorizado com exclusividade a realizar atos do Graal na Terra e, com isso, representar a Luz na Terra. Que atrevimento de ambos.

Onde, porém, reside o núcleo dessa tragédia? Com que começou tudo?

Como nenhum deles sabia realmente qual era a vontade de Abd-ru-shin para o futuro, foram decididos caminhos que, inicialmente, pareciam ser lógicos e que conforme a opinião dos dirigentes serviam à Luz. Não foi diferente com Frau Maria, Srta. Irmingard e Sr. Alexander, pois também eles não sabiam exatamente o que deveria acontecer. A ligação da irradiação estava dissolvida, eles o sentiram, por isso, deixaram muitas decisões para os antigos discípulos.

No desenvolvimento que se seguia, não ficaram sabendo, nem de longe, de todos os atos dos agora responsáveis. É de se supor que nem sempre foram informados do que acontecia em seu nome, ou eles o aprovavam porque também eles não entendiam melhor ou confiavam em seus conselheiros ambiciosos que batalhavam para a continuação da obra de Abd-ru-shin. Além de alguma influência luminosa, desenvolveu-se também uma presunção intelectiva. Esta não ficava em nada atrás da arrogância que desde milênios quase todos os sacerdotes de todos os templos e igrejas já sempre carregavam em si.

Uma nova tragédia humana tomou seu decurso.

O Vomperberg e o movimento oficial terreno do Graal tornaram-se assim cada vez mais um fim em si mesmos. Pergunta-se, realmente, como isso pôde acontecer com tanto saber e tanto bom querer?

Lembremo-nos de que mesmo na maior proximidade de Abd-ru-shin não foi possível evitar que, devido ao querer saber melhor do intelecto, os adeptos mais fiéis, na melhor fé, compreendessem e providenciassem errado muita coisa, porque não podiam deixar de questionar sempre de novo o seu intelecto, até o momento em que pela Luz não foi mais possível impedir o acesso das trevas à Montanha; também porque aqueles que em pensamento deviam velar estavam muito negligentes. A dissertação Estai a postos em pensamento ajuda na compreensão dessa correlação.

Até Jesus Cristo teve que vivenciar isso, apesar de ele ter tido, em suas fileiras, somente um que viveu essa presunção intelectiva tão pronunciadamente. Mas, também os seus discípulos fiéis não o compreenderam corretamente. Em seus pensamentos, eles foram demasiado negligentes, como Jesus frequentemente reclamava. Recordemo-nos de seu pedido “Velai e orai”. Assim ele falou quando sozinho foi orar em suas horas terrenas mais difíceis no Jardim Getsêmani. Milhares de combatentes luminosos aguardavam para poder interferir; mas tiveram que assistir passivos ao que aconteceu. Os seres humanos ao redor de Jesus, seus servos fiéis, não estavam em condições de formar, para os combatentes luminosos, a ponte necessária para a materialidade. Isso, por fim, provocou o rompimento do anel de proteção e possibilitou às trevas o acesso direto ao Filho de Deus. Tudo isso Jesus já havia previsto quando no Jardim de Getsêmani pediu ao seu Pai: “Deixa este cálice passar por mim”. Com a afirmação: “Seja feita a Sua Vontade”, no entanto, rendeu-se às leis da Criação, pois bem conhecia a negligência dos seres humanos. Por isso estava tão decepcionado com o fato de seus discípulos estarem adormecidos quando ele retornou de sua oração. Com isso, sem o saber, eles tinham-No abandonado às trevas.

Com a dissertação “Estai a postos em pensamento” reconhecemos hoje o que os discípulos ainda poderiam ter realizado outrora no Jardim de Getsêmani. Com a sua negligência, eles deixaram as trevas atuarem, pois estas puderam fazer valer toda a sua influência sobre os perseguidores, uma vez que os combatentes luminosos não recebiam mais ligação alguma para interferir e destruir a influência dos combatentes das trevas. Assim, aquilo que já há muito borbulhava no escuro, às escondidas, mas até então ainda não havia chegado à manifestação por ter sido impedido por combatentes luminosos, tornou-se ação. Jesus foi preso. As trevas tiveram caminho livre para desenvolver todo o seu ódio e, com isso, terrenamente, não foi mais possível impedir o assassinato.

Com a dissertação “Estai a postos em pensamento“, Abd-ru-shin advertiu da mesma forma a respeito do possível ataque das trevas. Mas também dessa vez isso de nada adiantou. Os convocados que encontraram o caminho até Ele deixaram romper o anel de proteção de maneira desatenta, porque não se encontraram a postos onde deveriam ter estado. Em vez disso, os seus pensamentos ocuparam-se predominantemente com a fundação de um movimento do Graal terreno. É uma das piores fraquezas humanas, estar inicialmente sempre cheio de iniciativa, porém, afrouxar no decorrer do tempo. As trevas sabem disso muito bem e, por isso, deixam passar o tempo a seu favor, até que, devido à negligência, atacam. Por isso, encontramos em ambos os Filhos de Deus o mesmo drama. No começo, uma vitória parecia estar à vista, e durante a noite veio o ataque das trevas. Os fiéis, eles confiaram na força da Luz e na vitória de Abd-ru-shin. Assim eles entendiam a onisciência de Deus. Tão pouco eles conheciam as leis da Criação.

Quão pouco vós as conheceis hoje…? Pois vós cometeis o mesmo erro…!

As encarnações de regiões luminosas e aquelas com missões elevadas que exigem uma ligação com a Luz necessitam de uma proteção. Inicialmente essa proteção é formada pelo corpo terreno. Ele é tão denso que, inicialmente, blinda a Luz. Porém, com o início da missão a ligação com o alto torna-se mais forte e a Luz irradia do corpo. A partir daí, faz-se necessário um anel de proteção que tem um duplo significado. Por um lado, ele acolhe a irradiação para que as criaturas que aqui vivem não sejam atingidas diretamente pela irradiação, o que do contrário levaria ao lento dissolver de tudo o que ainda não amadureceu. Por outro lado, ele forma uma ponte para proteger de ataques grosso-materiais das trevas. Essa necessidade torna-se maior por causa do afundamento da Terra. Tal anel de proteção, no entanto, somente poderá ser construído pelo espiritual-humano que para isso foi preparado.

Os convocados pensaram que Abd-ru-shin os protegia, em vez disso, eles deviam tê-Lo protegido, somente assim ele poderia ter concluído a sua obra. Cada enviado da Luz necessita também da proteção terrena, assim que iniciar a sua obra. Para isso, simultaneamente, sempre foram encarnados seres humanos que estavam equipados com poder e riqueza para conceder a proteção terrena necessária. Eles se encontraram na hora exata. Quem lê os preparadores de caminho, sempre encontrará essa relação.

Infelizmente, justamente no caso das mais elevadas encarnações da Luz, dos Filhos de Deus, muitos dos convocados para isso, negligenciaram os seus postos. Talvez os exemplos historicamente mais incompreensíveis sejam os dos três reis magos do oriente, Gaspar, Melchior e Baltasar; que ironia os declarar como santos! Eles deixaram a criança na mão, depois de já a terem enaltecido.

Muitos dos enviados da Luz tiveram que cumprir sua missão – tanto quanto ainda era possível – sob graves sofrimentos, pois aqueles que os deviam proteger, muitas vezes, tornaram-se os seus mais ferrenhos adversários. Assim aconteceu a João Batista, que deveria ter a proteção de Herodes, ou aos apóstolos que teriam necessitado da proteção do imperador romano, assim como também todo o desenvolvimento do cristianismo. Que tragédia se sucedeu aí na história.

Por este motivo, na antiguidade, os profetas viviam no isolamento, pois esse também conferia certa proteção; no entanto, na atualidade, isso quase não é mais possível, uma vez que a Terra pertence mais ainda ao reino das trevas.

Abd-ru-shin deveria, através de um elevado convocado, para isso encarnado, um industrial importante daquela época, ter tido contato com Hindenburg, pois o espírito deste necessitava urgentemente de um guia espiritual, assim como também todo o povo alemão. O próprio convocado elevado não encontrou o caminho até Abd-ru-shin, apenas a sua esposa. Isso deveria ter acontecido ainda muito antes de 1933, o ano da nomeação de Hitler para chanceler do Reich por Hindenburg. Que outro curso teria então tomado a história?

De todos estes acontecimentos pode-se concluir apenas uma coisa:

Se por trás não se esconder a presunçosa vontade de dominar, o domínio do intelecto e do sentimento no ser humano parece manipular o anseio de servir à Luz, de tal modo que as trevas, por isso, continuam obrigando o ser humano a lhes servir, porque este acredita estar ainda a serviço da Luz.

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Parte 2

A Consumação

e

o incorporar da Terra no eterno circular

A Consumação teve o seu início também terrenamente. Com o Cumprimento também tudo deverá tornar-se diferente na Terra. A última etapa, na qual se fechará o eterno circular através do Filho do Homem, encontra-se agora diante da humanidade. Se a Terra realmente não deva ser entregue ao seu verdadeiro destino, provocado outrora pelo assassínio de Jesus Cristo, então o espiritual-humano deverá desenvolver-se mais intensamente do que aconteceu até agora. Para este fim foi-vos dada a Palavra. Ela atua dentro do ser humano que entra em contato com Ela, para isso não é necessária nenhuma comunidade terrena. Porém, uma comunidade, se conduzida corretamente – mas não se apresentando como nova religião – ela poderia ter se tornado útil à causa.

Assim também o imaginava a família de Abd-ru-shin, pois ela vivia ainda numa misteriosa lembrança em relação às suas antigas ligações de irradiação.

Devido a isso, eles se sentiram incumbidos para, em Seu nome, reavivar a colônia no Vomperberg. Muitas almas encontraram assim o caminho para a Palavra. Assim, por causa dessas almas que puderam vivenciar uma época muito abençoada, tornou-se possível um acontecimento luminoso e cumpriu-se, principalmente por ocasião das Solenidades, realmente uma ligação com a Luz.

Isso aconteceu, apesar do desenvolvimento na Montanha não ter decorrido sempre no sentido de Abd-ru-shin. Mas, também aqui a Luz concedeu, uma vez que o anseio de muitas almas nem o tornava possível de outra forma.

O próprio Imanuel, que estava corporificado em Abd-ru-shin, continuou Sua verdadeira Obra.

Seu objetivo era a Consumação. Para isso Ele aspirou à ligação com a Sua origem. Através de Abd-ru-shin ele estendeu um laço através da Criação até a Terra, que ainda foi ancorada como último bastião. Com o circular que se inicia agora, a Terra será totalmente purificada ou se desprenderá dele. Um processo que pode demorar décadas, do início até a decisão. No entanto, em algum momento também esse ponto será alcançado.

Neste meio tempo, o culto pessoal aumentando cada vez mais, bem como os laços familiares não desejados pela Luz e as decisões erradas daí resultantes, bem como dirigentes que viviam convictos de com sua ambição estarem lutando em prol da Luz, tudo isso conduziu lentamente, porém de modo cada vez mais reconhecível no decorrer de décadas, ao fato de que nuvens escuras cada vez mais se concentrassem sobre o movimento oficial do Graal.

Com exceção de poucos anos esperançosos e iluminados, esse movimento oficial do Graal na Terra não esteve em condições de preparar para a Terra a conexão ao eterno circular.

VEDE, O DESENVOLVIMENTO ESTAVA ERRADO!

Hoje, os movimentos do Graal, como sucessão, nem estão mais em condições para isso, pois estão focados demasiadamente em si mesmos. As rígidas organizações dos atuais movimentos oficiais do Graal, com seus atos do Graal, vivem na convicção de representar com exclusividade a Luz na Terra. Eles estão equivocados; eles administraram mal a herança. Pois não fazem outra coisa do que concentrar o intelecto e o sentimento em sua organização. Eles se apoiam na aceitação mundana, acreditando atrair com isso espíritos que procuram.

Um ou outro também chega até eles, porém, este logo será atado à organização e, por isso, enfraquecido em seu atuar espiritual. Os dirigentes que, eles mesmos, se declararam ser os únicos autorizados a realizar atos do Graal, eles se enganam imensamente; no entanto, não o fizeram sozinhos, seus adeptos os forçaram a isso, porém, eles o consentiram.

O direito de representar a Luz na Terra, única e exclusivamente, tiveram os Filhos de Deus. Todos os demais, que exigem para si esse direito, seja como comunidade, organização ou individualmente, estão submetidos à vaidosa presunção do intelecto.

Visto desse ângulo, o errado não são as associações do movimento do Graal, pois alguns seres humanos necessitam delas como apoio de sua fé – o que no fundo também representa uma fraqueza, mas apesar disso pode levar ao alvo – o errado é o arrogante pensar de exclusividade dos membros e dirigentes dessas associações. Com essa espécie não pode haver salvação para a Terra.

Mas a Luz envia sempre novo auxílio, até o último momento. Centros luminosos de força formaram uma rede sempre mais forte e assumem influência sobre o acontecer mundial. Como pontos de conexão servem não apenas os criados, dos quais já foi anunciado nos Chamados e que vivem espontaneamente na Terra, mas, sim, também o anseio que se eleva de muitas almas humanas, provocado por verdadeira alegria ou profundo sofrimento.

Centenas de milhares de intuições de seres humanos que procuram na Mensagem, principalmente na Mensagem Original, cuja destruição total não foi permitida pela Luz, começam a vibrar vigorosamente na Palavra e a despertar no espírito, eles também transmitem uma influência estabilizante.

Diante deste panorama apresenta-se a pergunta: Como poderá se apresentar o futuro de um movimento do Graal na Terra para que a conexão ao circular ainda possa ser realizada?

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Parte 3

Agora escutai o que foi desejado e como deve acontecer

A história mostrou que, assim que vós vos juntais em grupos, as trevas obtêm uma forte influência sobre vós. O motivo encontra-se na fraqueza dos seres humanos de, em comunidade, ambicionar sempre por reconhecimento. Disso resulta toda hierarquia e todo ambicionar por poder. Tão condenável e, além disso, ainda dissimulada é toda modéstia aparente que é ostentada. Ela é o pior mal da presunção.

Com toda forma de presunção, vós ofereceis a mão às trevas. Com isso elas conseguem a sua influência sobre vós.

Por isso, seja de agora em diante a vossa ideia diretriz como segue:

“O quanto menos vós vos considerais importantes, quanto menos vós vos imaginardes de valor e quanto menos vós quiserdes valer diante de outros, tanto mais intensamente pode perpassar-vos a força de Deus”. Porém, fortes e orgulhosos deveis encontrar-vos na força de Deus. Vossa personalidade deve ser inabalável, justa no amor com toda criatura, sem consideração a sentimentos, porém cristalina, perpassada por irradiação luminosa. Com humildade curvai-vos diante da onipotência de Deus. Porém, sede inflexíveis diante de todo acontecimento afastado da Luz. As leis dos seres humanos somente devem ser também as vossas leis se estiverem em harmonia com as leis da Criação a vós conhecidas.

Vós deveis encontrar-vos como rochas na rebentação, pois somente assim podereis desligar-vos e ser como ilhas de salvação para outros.

Contudo, vós próprios deveis amadurecer ainda mais para poder viver essa espécie.

Leitores e adeptos da Mensagem do Graal, vós que tendes o desejo de encontrar-vos assim na Luz e vibrar junto no circular da irradiação na Consumação, vós deveis atuar independentemente e não pertencer a nenhuma comunidade terrena do Graal.

Com a vossa maneira de viver, com vossas conversas e pensamentos ireis formar uma aura ao vosso redor, que atuará de modo magnético sobre espíritos nobres que ainda estão procurando. Não deis atenção ao modo de vida deles, à sua posição social ou ao seu passado. Cuidai apenas de sua faculdade de intuir. Então tudo acontece como que por si só, não precisareis fazer outra coisa do que “ser”. Aos poucos, eles se adaptarão a vós. Porém, nisso não pode surgir ambição em vós, mas também nenhuma presunção julgadora ou compassiva.

Também vós ireis amadurecer com cada uma dessas almas.

No entanto, se tais almas não vos encontrarem, não procureis a culpa na possível influência das trevas.

Talvez ainda não estejais tão adiantados. No entanto, alguns de vós deverão concentrar toda sua força numa ligação com o circular.

Vós também podeis encontrar-vos para, juntos, aconselhar-vos e trocar ideias. Nisso, porém, nunca deverá se tratar de uma organização ou de uma comunidade, mas, sim, unicamente de um Livro misterioso, sobre o qual é informado e falado nesses círculos. Dessa forma ele deve ser passado adiante, de mão em mão. Contudo, ele nunca deve chegar a mãos indignas, mas, sim, passado adiante apenas lá onde já existe um reconhecimento interior de, com ele, receber algo totalmente especial. Para cada adepto reside a sua responsabilidade própria de passar o saber adiante ou ocultá-lo.

Dessa responsabilidade ninguém que pertence a esse círculo deve fugir. A intuição vos irá mostrar como deveis agir. Se, porém, agirdes, recusardes ou passardes adiante com falsa ambição ou presunção, vós, com isso, começareis a afundar. Contudo, atentai, pois vosso sentimento tentará simular que ainda estais ascendendo e vosso intelecto o confirmará a vós de bom grado, pois é ele quem ascende. Unicamente a intuição pode auxiliar-vos, mas esta se apresenta apenas com verdadeira humildade, livre de vaidade.

Isso deve se tornar a base de um verdadeiro movimento do Graal na Terra. Todos os espíritos humanos que dessa forma desejam cumprir a sua vida terrena, e de fato a cumpram, estarão também constantemente sob a influência do circular da Criação, que agora, pela primeira vez, entra em ligação com a Luz Primordial através de Imanuel, o Filho do Homem. Eles tornar-se-ão os pilares para que a Terra possa ser elevada agora cada vez mais.

Longe da confusão, futilidade e aparência terrenas, vós mesmos tendes de fazer o começo espiritualmente. Não deveis aguardar até serdes chamados terrenamente, não, este início deve partir de vós, individualmente de cada um que de todo coração tem a disposição para isso. O masculino sente a coragem de lutar, quer cortar com uma espada o que é insano e doentio nas almas, para que seja libertado de falsas excrescências. O feminino quer curar as feridas que foram abertas, para que as almas possam despertar para uma nova vida. Assim vós deveis completar-vos. O círculo, então, fechar-se-á.

Entretanto, se aguardais no sentido humano até serdes convidados a servir, então nada vos virá em auxílio. Vós tendes a Mensagem em mãos, tornai-A viva através de vosso viver na intuição. Então também encontrareis conexão com a própria Vida, da qual as palavras na Mensagem também puderam se formar. Unicamente assim se compreende a Palavra viva, senão apenas tereis diante de vós um livro com letras. Assimilai-o dessa forma e irás escutar o chamado espiritual para servir. Quem não tiver a coragem para servir, este também não pode ser auxiliado.

Os “Chamados” e outros escritos vos ajudarão a realizá-lo corretamente.

Com cada passo nessa direção vós sereis auxiliados de etapa em etapa.

Assim será possível que vossa Terra seja elevada lentamente, elevada para a região onde o Reino de Mil Anos ainda poderá tornar-se um Reino de Paz para vós. Somente então também convocações serão novamente possíveis. Na região onde ainda vos encontrais nunca poderá surgir o reino, sem que tudo seja imediatamente destruído e todo o imaturo tenha que se dissolver. A situação no momento é tal, que nenhuma alma humana o suportaria. Sede gratos porque fostes protegidos disso.

Com cada pequeno elevar da Terra, cada vez mais e mais almas indignas perdem a possibilidade de ligação para novas encarnações. Assim, de nascimento a nascimento a Terra fica libertada primeiramente do mal, a seguir do trevoso e sempre mais e mais do fraco e do indolente, pois somente através desses as trevas puderam propagar-se. Por isso, não vos preocupeis quando verdes ainda almas que com sua presunção incomodam seus próximos, se julgam importantes, gabam-se hipocritamente ou que, em falsa modéstia, se curvam em respeito por si mesmos; elas serão ainda mais rapidamente afastadas do planeta do que os fiéis ao intelecto. Em breve, tais almas não mais terão oportunidade de pisar na Terra mais uma vez.

Muitos morrerão; doenças, forças da natureza, guerras…!

Contudo, somente voltarão os que conseguirem manter ainda a conexão à respectiva região. Agora, até quando seguirá este processo, isso eu não posso dizer, por isso, vós deveis estar dispostos a preservar o saber de geração em geração, até a Terra alcançar o ponto que para ela foi destinado desde o princípio. Nisso, não deveis calcular conforme os vossos tempos, pois mil anos são como um dia. Em um ano pode acontecer mais do que em dez anos. Numa noite podem morrer milhões de seres humanos e depois por muito tempo pode ser que nada aconteça terrenamente visível. Alguns voltarão, porém, muitos não voltarão mais. A consciência destes irá se dissolver aos poucos e no corpo terreno já se mostrará muita coisa a respeito, assim como já foi descrito nos “Chamados de 2013 – 2014”. Não vos compadeçais com essas almas, em vez disso, alegrai-vos, pois em breve seu germe espiritual será libertado.

Agora orai e sede vigilantes, para que o caminho da humanidade não siga na direção errada, pois também isso ainda é possível. Como então as coisas serão na Terra, também isso eu não posso dizer, pois será região das trevas. No entanto, é de se supor que dela será subtraído simultaneamente o suprimento de força, de modo que deverá chegar a uma estagnação total e ao enrijecimento.

Não deixeis chegar a esse ponto!

Nenhum espírito trevoso poderá ainda roubar as forças de uma alma, sem que esta alma negligente tenha que permanecer ao mesmo tempo nessa região, enquanto a Terra continua se elevando. Também esse acontecimento já foi descrito nos Chamados. Depende de vós a direção da viagem.

Uma coisa, porém, ainda deveis saber, para que na luta estejais posicionados corretamente. Primeiramente, deveis vencer-vos a vós mesmos. Aliás, isso somente vós próprios podeis fazer. Derrubai o intelecto de seu trono!

Somente então podeis colaborar conscientemente para destruir as trevas.

Porém, essa luta não ocorre no terrenal. Muitas vezes nem percebeis quando o vosso espírito atua nisso: quase sempre acontece à noite. Ocorrem lutas em regiões que somente a vossa alma pode pisar. Aquilo que depois ainda se manifestar terrenamente, vós não precisais temer, pois são apenas ainda as últimas ramificações de um poderoso acontecimento já decidido. No terrenal, porém, reconheceis como tudo se tem desenvolvido. Naturalmente, porém, o vosso intelecto quererá participar disso, exatamente aí procura ainda tomar decisões. O intelecto se sente impelido a isso assim que receber o seu impulso do espírito, no entanto, ele certamente continuará sendo influenciado pelas trevas. Isso se tornará mais evidente no último lapso de tempo, antes da queda definitiva ou da lenta elevação. Por isso, a maioria dos inícios de lutas ocorre quando o intelecto ainda dorme ou estiver distraído.

Vossos espíritos estão entrelaçados sem que o intelecto o perceba. Ele não pode evitar que vós colaboreis no acontecimento, se não fordes vós próprios que o permitis ao ceder às dúvidas do intelecto ou ao tentar salvar coisas das quais, por serem inúteis, já foi retirada a força pela Luz.

Quanto mais intensamente o intelecto tiver que trabalhar durante o dia, tanto menos vos lembrareis do que aconteceu à noite. Porém, é melhor que o intelecto nada saiba disso. Ele apenas vos impediria e desviar-vos-ia para caminhos errados. Muito poucos seres humanos que atualmente vivem na Terra já despertaram o suficiente para poderem afastar o intelecto. A maioria dos que acreditam ser capazes disso apenas se deixa enganar pelo seu sentimento, então não é a intuição que fala. O intelecto se deixa influenciar relativamente fácil pelo sentimento.

Um pró e contra entre o intelecto e o sentimento ocorre constantemente como conflito no ser humano.

Entre intuição e intelecto não existe conflito, desde que a intuição esteja viva. O intelecto nunca pode se opor à intuição, ele tem que se curvar diante dela. Somente indolência do espírito possibilita que então a intuição não se mova mais e no lugar dela surja o sentimento.

Atentai bem a isso.

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Parte 4

O selamento e a nova aliança

A nova aliança para o espiritual-humano foi selada por Imanuel.

Com isso, foram abertos novamente os portais para o Paraíso e a Terra foi novamente ancorada. Porém, nenhum espírito humano que hoje ainda permanece na Terra tem o direito de já pertencer à nova aliança. Nem convocações, nem a Cruz de Ouro preenchem o pré-requisito para isso. Não valem mais do que o batismo ou a ordenação de uma igreja.

No entanto, os selamentos têm efetividade. Porém, eles valiam e valem somente como preparação para a nova aliança, não constituem a nova aliança. Apenas os selamentos pronunciados na época de vida do Filho do Homem já valiam para a nova aliança. Depois do falhar, isso não era mais possível. Todos aqueles que na nova aliança atuaram de modo mal-intencionado e traiçoeiro, já estão perdidos desde aquele tempo. Quem no futuro desejar pertencer à nova aliança, já deve estar tão purificado que não poderia falhar mais, caso contrário, estaria garantida a sua queda.

Com o selamento, assim como vós ainda sois permitidos realizá-lo, vós recebeis a força para a vossa purificação. Vós também prestais a promessa de agora em diante seguir a Palavra de Imanuel. Com esse momento, se ele foi verdadeiro, inicia também a vossa purificação. Contudo, o selamento para a nova aliança ainda não vos foi concedido.

Alegrai-vos que assim seja, pois nenhum dos que hoje já portam a Cruz ainda não errou desde então; ele já há muito teria que ter caído se já tivesse sido selado para a nova aliança.

A Luz bem reconheceu que o ser humano necessita de um longo tempo de preparação, muito ele ainda deve purificar. Porém, quem pertencer à aliança não pode fracassar devido a erros antigos. Vós todos já estaríeis perdidos, e um número demasiado elevado deveria cair no último momento, devido ao matagal dos desejos próprios que ainda os sufoca, pois assim que pertencerem à nova aliança já não lhes é permitido agir contra as Leis.

Selamentos para a nova aliança somente serão possíveis quando a Terra começar a elevar-se. Tão fundo vos encontrais nas trevas, como jamais pôde ser previsto. De outra forma, provavelmente, teríeis sido entregues imediatamente à queda, sendo salvos apenas os poucos que ainda eram de valor. A Luz afastou-se de vós com pavor.

Isso motivou a estagnação na Criação Posterior.

Mas, ai daquele que pensa: “Eu não estava lá quando tudo isso aconteceu, eu apenas vivo cheio de anseio pela Luz”. Cada um que vive na Terra tem colaborado de alguma maneira para sua queda profunda e, com isso, para o falhar do qual toda a humanidade tem culpa.

Porém, a curta peregrinação de Imanuel na Terra foi a vossa salvação, somente assim ela pôde, apesar da inacreditável decadência, tornar-se ainda o último POSTO EXTERNO. Isso aconteceu com incrível sofrimento para tudo o que é da Luz. Esta imergiu mais fundo na escuridão do que jamais fora previsto, onde então foi entregue desamparada às trevas devido à negligência dos espíritos humanos. Ela não podia permanecer na Terra.

Primeiramente, a vossa Terra terá que ser elevada a um ponto no qual também a Luz novamente possa firmar o pé. Isso, porém, não é possível sem a colaboração do ser humano. Vós tendes de vir ao encontro da Luz. A ancoragem atual, unicamente, não é mais suficiente para isso. Profundo demais desceu a Terra desde então. Este laço, aliás, ajudou para que ela não afundasse já totalmente, no entanto, devido à pressão oposta para baixo, esta ancoragem tornou-se muito fraca para elevá-la agora. A isso se acrescenta que o tempo de Imanuel não foi suficiente para fortalecer esse laço conforme previsto, de tal modo que, na tensão que agora é originada pelo alinhamento no iniciar do circular, não pudesse se romper. Para a estabilidade segura teria sido necessário o Reino dos Mil Anos.

Com a Consumação, endireita-se o laço de irradiação desde a origem através de todas as Criações, até o último ponto de ancoragem na Terra. Por isso, com vossa intuição vós deveis ser como um ímã que é atraído pela força da Luz para com isso apoiar o circular para a Terra. Isso vos dará a certeza que, mesmo que a Terra chegue a cair, vós ainda ireis ascender porque vós sereis segurados devido ao vosso próprio anseio.

Por esse motivo é permitida a realização de selamentos. Eles servem a essa única tarefa: o espírito será envolvido na conexão ao circular da Consumação.

Por isso, cada um que já se encontra nessa ligação também está capacitado como portador de atos grosseiro-materiais a realizar ele mesmo o selamento. “No entanto, denominai-o melhor de ligação”. Isso quer dizer, deveis dar-vos mutuamente as mãos. Um depois do outro e assim formando uma corrente que não é capaz de se romper. Cada um que se encontra nesta corrente também tem conexão direta com o circular, se ele, por si mesmo, não a enfraquecer ainda negligentemente. Assim, sereis duplamente segurados e não podereis mais cair tão facilmente se, em algum lugar, a corrente ameaçar romper-se por causa de uma alma negligente.

Como esses atos, então, deverão ser realizados – para isso as regras ainda vos serão transmitidas em tempo certo.

As Solenidades, cada um pode realizar para si mesmo. Isso pode acontecer na natureza livre ou nos recintos próprios. Porém, também estais autorizados a festejar estas Solenidades em pequenas comunidades. A família, amigos e conhecidos. No entanto, não deverá haver nunca um anúncio público a respeito, somente convites pessoais. Cada um tem o direito de convidar, se ele oferecer o respectivo local e o manter puro. Tal local deverá ser preparado sete semanas antes com ornamentação com flores, música, orações e incensos. Com isso são atraídos bons espíritos e enteais, que então permanecem lá. Para a própria Solenidade vós tendes de obedecer às regras, descritas no Chamado de 3 de maio de 2014 (vide o Chamado número 9). As dissertações que lereis então, vós mesmos as escolhereis. Vós sempre reconhecereis as certas, se nisso não intervir o vosso intelecto. Elas não precisam ser as mesmas em todo lugar.

Doze anciãos devem pertencer a um conselho. Eles devem viajar como conselheiros para possibilitar um entrelaçamento também terrenamente visível. No entanto, eles não têm nenhum direito de decisão, e atuam apenas como conselheiros. Podem ser convidados por todos. Podem planejar as suas viagens de acordo. A Solenidade da Pomba, no entanto, eles passam em conjunto, no mais os seus encontros são livres. Com a sua vida eles devem ambicionar tornarem-se os espíritos mais puros na Terra. Ao redor deles não deverá surgir culto à sua pessoa. Eles próprios devem estar livres de quaisquer laços familiares, também nenhuma amizade deve atá-los; devem estar absolutamente livres, dispostos a pertencer unicamente à Luz. Somente um parceiro, que o acompanha em seu caminho como complemento, pode estar ao seu lado. Também este deve viver a Mensagem; juntos, então, lhes é permitido atuar como viga vertical e horizontal na Cruz da Criação.

Devem permanecer solitários, contudo exatamente esta solidão lhes possibilitará a ligação mais forte para receberem a força para atuar, da qual necessitam nessa atuação. Apenas o parceiro, caso escolham um, pode estar junto deles.

Como estes anciãos serão determinados, vos será comunicado assim que a Terra tomar seu rumo para o alto. Então, com cada elevação vos virá novo auxílio.

Com o início, que mundialmente não passará despercebido, também a humanidade perguntará, pois muita coisa na natureza, no universo irá se modificar. À ciência não restará, então, outra coisa do que pesquisar na própria Mensagem para reconhecer a solução de todas as perguntas ainda em aberto. Então, finalmente, chegará a época em que a versão de última mão da Mensagem será encaminhada à sua finalidade, forçada pelas circunstâncias, recolocada em seu prumo pela Luz, depois que por décadas o intelecto humano tentou determinar outro caminho.

Para vós, que até lá quereis ajudar a tornar a Terra mais luminosa, vale a Palavra original. Com isso, recebereis toda a força que para isso necessitais.

No entanto, sem vós isso não será possível. Portanto, pensai nisso, depende disso o vosso “existir” para entrar no Paraíso como espíritos plenamente conscientes.

Iniciai ao colocar vossos pensamentos totalmente a serviço desse alvo. Então, finalmente, também chegará a época em que a humanidade que então ainda permanecer na Terra reconhecerá em Abd-ru-shin o Filho do Homem, Imanuel.

As atuais organizações do Graal que continuem calmamente no velho estilo, pois elas não quererão modificar-se, assim como também nenhuma das igrejas o fará. Contudo, muitos de seus membros irão afastar-se mais e mais do caminho errado.

Os dirigentes, porém, assim como também o cristianismo e todas as outras religiões serão obrigados um dia a se adaptarem e, então, terão que esclarecer à humanidade por que nunca se deram conta de que justamente eles poderiam estar errados em seu atuar, tendo com isso desencaminhado tantos seres humanos.

Contudo, a nova época curará as feridas e reunirá todas as religiões tendo a Mensagem Original, a “Palavra Sagrada”, como base das tradições, que daí por diante poderão ser vividas para possibilitar diferentes desenvolvimentos.

Em primeiro lugar, porém, a Terra tem que se deslocar de seu lugar.

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Aqui, ainda uma exortação ao intelecto.

Acautela-te em exaltar-te contra o que foi anunciado com este escrito, no receio de perder influência.

Desta vez o espírito, sozinho, deve tomar a decisão.

Assim, cada leitor pode decidir sozinho se está disposto a aceitar esta anunciação ou se deve recusá-la, porém, ele nunca deverá fazer valer a sua influência sobre outros, além de passá-lo adiante.

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Com o dia 5 de abril de 2015 o acontecimento teve o seu início. O tempo até a próxima Solenidade da Pomba deverá servir-vos como preparação. A força da Luz será proporcionada a cada um que segue este caminho de todo o coração.

Contudo, se a “manhã da ressurreição” vos advirá da forma como “Imanuel” outrora o descreveu, isso depende unicamente de vós.

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Dirigi vosso olhar para o alto e agradecei a DEUS, sem palavras, mas com todo fervor de vossa alma, que Ele, apesar da queda mais profunda, mantém aberto um portal para vós.

Em comovedora humildade inclino-me diante daquilo que me foi permitido anunciar a vós com este escrito.

5 de abril de 2015

Ass. Simon