7. A mais nova revelação

Desde a antiguidade e tempos remotos, a humanidade recebe sempre novas revelações, as quais, contudo, em raros casos se realizaram realmente, ao menos não na forma como outrora foram intuídas e a vós transmitidas.

Há décadas esperais pela realização das profecias para o Juízo; ele vos foi anunciado e, após a destruição de tudo que está errado, deve transformar a Terra em um mundo luminoso.

Diversos acontecimentos, aqui e acolá, já parecem sacudir os seres humanos. Porém, até hoje nada foi suficiente para estremecer o conceito básico de vossa sociedade, orientado pelo intelecto. Ele encontra-se firme, inalterado e não parece desmoronar em si mesmo, como foi profetizado.

Agora vós vos perguntais o que aconteceu, e o que deverá acontecer? Vós pesquisais nos antigos e novos escritos e procurais por respostas. Onde está o Juízo Final, e onde a purificação?

Muitos de vós entrais numa espécie de letargia vinculante, que recebe cada nova revelação com desconfiança.

Vós vos fechais ao acontecimento que já há muito vos cerca. A verdade é que este planeta se tornou, agora mais do que nunca, uma escola e um ponto de transição para vós. Um ponto de transição, no qual vós tendes de decidir: procurar aqui na matéria a vossa pátria e vosso atuar, ou seguir o anseio de vosso espírito para campos mais luminosos.

Vós viveis num mundo já há muito perdido e quereis construir lá um templo, em vez de reconhecer que podereis construir esse templo somente ainda em vós próprios. Vosso tornar-se consciente e vossa personalidade amadurecida na Luz, apoiada em vossa intuição, isso deve ser o vosso templo, em honra ao vosso Criador.

Nas condições em que se encontra o vosso mundo na época atual, é impossível poder surgir nele um templo luminoso de vossa matéria.

Nos últimos 70 anos, vós configurastes este mundo mais do que nunca com auxílio de vosso intelecto, uma besta que foi formada por influência de Lúcifer e, desde então, se tornou seu auxiliar mais confiável. Agora tereis de permanecer neste mundo, pois, através da besta, vós vos atastes a ele, apesar de vosso anseio pela Luz. Deveis reconhecer que ele não vos pode ser pátria. Muitas vezes acreditastes ser agradáveis a Deus com todo vosso atuar, no entanto, tudo o que nisso configurastes, não era conduzido pelo vosso espírito. Apenas raras vezes deixastes conduzir-vos pela intuição.

Agora deveis permanecer neste mundo, até que vós, no reconhecimento de vosso atuar fatídico, vos desespereis por causa de vós mesmos. Não vos é permitido mais, como até agora, clamar mornamente pela Luz em determinadas horas, mas, sim, deveis aprender a ansiar pela Luz diariamente, a cada hora, com o grito de desespero de alguém que está se afogando, que na luta pela vida procura respirar. Toda a vossa vida deve estar preenchida com isso. Vossa alma deve inflamar-se somente ainda com o único objetivo de livrar-se do cerco da densidade. Vossa consciência, desenvolvida erroneamente, será extinta e apagada, devendo sobrar somente aquilo que pode vibrar na Luz.

Atentai aos “sinais” que diariamente, a cada hora vos falam!

Reconhecei finalmente as inúmeras exortações que há muito já atuam sobre vossa intuição, que sempre mais claramente falam ao vosso espírito. Já há muito tempo a vossa alma o percebeu. Porém, por causa de vosso intelecto continuais a duvidar e aguardais, até que todos os sinais se tornem visíveis terrenalmente. Vós aguardais até que, mesmo com o vosso intelecto, todos os acontecimentos não possam mais ser desmentidos, então, no entanto, será tarde demais para vossa alma. Pois todos os sinais e exortações desintegram vossa personalidade, se não forem aproveitados por vós da maneira certa.

A Espada da Justiça e do Amor foi desembainhada e a sua ponta, mergulhada em vosso mundo. Em cavalgadas avançam combatentes luminosos em vossa direção para remover tudo o que não vibrar dentro da Lei. Chegou a hora em que tudo aquilo que devido à inobservância daqueles sinais já, há muito, se encontrava na fase inicial da decomposição – mas que, devido à densidade e à estagnação, ainda estava protegido – tem que se revelar à Luz da Verdade.

São os últimos e os piores golpes, pois atingirão em primeiro lugar as vossas almas e vossas consciências erradas. Tudo revive, as características boas como também as más. As boas serão fortalecidas para que auxiliem a sobreviver a este tempo, porém, as más vos levarão ao desespero no sofrimento. Quem continuar aguardando até que tudo desmorone por si mesmo, para então, finalmente, reconhecer o desvalor de tudo aquilo ao que ele deu tanta importância, em vez de dar lugar ao verdadeiro anseio, não estará protegido dos efeitos da dissolução que está começando.

Por mil anos fostes libertados da influência direta de Lúcifer, para reconhecerdes o caminho até a Luz. A décima parte do tempo já deixastes transcorrer e, nisso, afundastes ainda mais na escuridão. De boa vontade muitos de vós estenderam a mão às trevas.

Triunfando, as trevas se serviram desses espíritos humanos que, por um lado estavam extremamente ansiosos pela Luz, porém, devido a um mau pendor ou vício, tiveram que ficar presos à Terra. Esses foram as melhores ferramentas das trevas, porque eles, de tempos em tempos, devido a uma intuição verdadeira, puderam receber sempre de novo uma ligação com o Alto, ao mesmo tempo, porém, não conseguiram se livrar da ancoragem embaixo.

Um pendor desses nem sempre pode ser reconhecido como mal. Existe muita coisa que parece inofensiva e, do ponto de vista terreno, frequentemente até muito humano.

Assim, por exemplo, o pendor para a ligação moral e para a subsistência dos laços familiares. Quantos espíritos já foram acorrentados por milênios em razão disso. Vede também o pendor de amar alguém apaixonadamente, permitindo-lhe todas as má-criações, apenas para não o perder. Tudo isso vós chamais de amor e não reconheceis nisso o interesse pessoal vaidoso. Tudo isso não tem quaisquer consequências prejudiciais no sentido terreno, mas vos ata firmemente ao princípio luciferiano que não quer espíritos humanos livres.

Tudo isso são pendores influenciados pelo sentimento e, com isso, dominados pelo intelecto.

Numa intuição clara, nem poderia surgir em vós tal pendor em todas as suas degenerações. Vós reconheceríeis imediatamente o errado nisso. No entanto, tantos de vós preferem deixar curso livre à sua presunçosa vida sentimental, acreditando estarem, por isso, também mais maduros do que os seres humanos com pensamentos puramente materiais. Esquecem-se de que justamente este tipo de sentimento é estimulado pelo intelecto, não sendo incandescido pela intuição.

Também o pendor do constante querer auxiliar, onde um observar calmo seria de utilidade maior, faz parte dos abusos do mundo sentimental humano. A clara intuição sabe onde uma ajuda é apropriada, mas também, onde é necessário deixar curso livre ao destino.

Tomemos um exemplo de vossa natureza grosso-material. Imaginai que muitos seres humanos tivessem a possibilidade de evitar que uma fera matasse a sua presa. Eles desejariam salvar todas essas vítimas da morte segura e estariam felizes por ter realizado uma boa ação.

Porém, onde reside o sentido mais profundo no caso desse acontecimento aparentemente brutal?

Considerai que também as almas animais devem alcançar a maturidade através de vivências incisivas, para, assim, despertarem de sua inércia. Justamente para o animal capturado, o repentino deixar o corpo maltratado é uma forte vivência e a melhor advertência para a vigilância. Com isso, tal alma animal somente pode ganhar em maturidade, para que entre no mundo do além de modo mais consciente e, com isso, não será atraída logo para uma alma grupal. Graças a essa vivência, ela, então no além, pode continuar se desenvolvendo independentemente ou, se ainda lhe faltou força, entrar novamente na alma grupal somente mais tarde. No entanto, então, ela também traz consigo essa vivência, o que, na sequência, reverte em benefício de muitas almas animais, quando recebem um corpo material para, elas mesmas, poderem continuar amadurecendo. 

Assim acontece com as almas animais. Devido à sua luta pela vida, elas são exortadas a desenvolverem-se. Agora, observai muitos animais, como estão sendo protegidos, cuidados e educados para uma indolente inatividade. E esses seres humanos ainda estão orgulhosos por proporcionar aos seus animais uma vida maravilhosa.

Os animais, aos quais é permitido viver convosco, devem ser fiéis e submissos a vós, porém no serviço e na vigilância. Eles também podem continuar a se desenvolver, através do espírito humano e de sua ligação voluntária a ele com fidelidade e amor. No entanto, inutilidade indolente não produz nada de consciente e vivo. É por isso que a natureza entra aqui com a sua aparente brutal obrigação para a luta.

Assim, ou de modo bem semelhante, acontece também a muitos seres humanos que são amparados e, devido a bens materiais, caem em indolência. A luta na natureza e a luta pela vida, que não deixa ninguém sossegado e que, aparentemente, os torna insatisfeitos, é justamente aquilo que mantém o espírito em atividade. Justamente através do vivenciar e do vencer essa luta neste mundo, que se tornou demasiadamente denso, onde já há muito um desenvolvimento normal tornou-se impossível, ser-lhe-á possível ainda intuir verdadeiros momentos de felicidade e, através disso, aumentar a sua maturidade. Vós ansiais por contentamento nesta Terra. Porém, nessa tal vida em contentamento se esconde o perigo de não estar mais alerta para verdadeiros momentos de felicidade. Para a alma humana, já começa aqui a efetuar-se o lento processo da desintegração de sua personalidade já desenvolvida.

As preocupações e as aflições que ela vivencia nisso, no decorrer do tempo, são raramente de espécie material. Depressões, discórdia e vazio interior são os primeiros sinais, que encontram então, na desintegração angustiante, o seu ponto culminante que pode perdurar por séculos. Geralmente, somente depois de ter deixado o invólucro grosso-material torna-se compreensível para a alma a desesperança de seu destino por ela mesma escolhido. A sua vida consciente está se desintegrando…

Por isso, o atual desenvolvimento de vossa sociedade e o assim chamado progresso é uma obra inventada ardilosamente pelo intelecto para manobrar o ser humano artificialmente para um estado de satisfação aparentemente vivo, com o desejo por despreocupação como objetivo central de vida nesta Terra.

No sintoma concomitante desse assim chamado progresso, vós encontrais também o maior número de seres humanos com as mais graves doenças anímicas. Neles já se apresenta o processo de desintegração em seus inícios. O terrível, nisso, é que não há um escapar ou esconder-se, pois o processo vem de dentro, da própria alma.

Vosso planeta e vossa consciência formada pelo intelecto e suas obras desenvolvem-se cada vez mais e mais depressa, a vossa consciência espiritual, porém, encontra-se paralizada. A consciência intelectiva mantém o ser humano ainda num estado material ativo, porém, com o espírito inativo como fornecedor de energia. Esse abastecimento de energia não perdura mais por muito tempo e, em algum momento, a força fornecida estará consumida, porque a ligação com a própria Vida já em breve não será mais mantida.

Somente o próprio Lúcifer pode então, após seu agrilhoamento de mil anos, manter-se independentemente vivo e prover o espírito com força, por ele ser eterno; mas isso ele não fará, porque ele quer ver o espírito humano falhar para, então, levar alguns poucos como escravos para o seu reino. No entanto, com isso, estes deixaram de ser espíritos humanos. Não vale a pena falar a respeito deles, pois representam a escória mais repugnante,  não mais dignos de uma vida, além de, como vermes mais baixos, servir à própria criatura mais tenebrosa.

São os vossos pequenos e amados desejos e hábitos agradáveis que vos farão cair, as coisas aparentemente inofensivas, bem como o mundo de sentimentos formado pelo intelecto, que não vos deixam mais reconhecer vossa intuição clara e vosso atuar indigno.

O ser humano de hoje deixou de ser uma força vital pulsando uniformemente. Ele, porém, compensa este vazio com pontos culminantes na profissão, artificialmente impulsionados, e com o seu tempo de folga.

Com o conceito “sucesso”, foi encontrado um meio de prender o espírito a todo o acontecer terreno. A intuição que exorta é então superada pela gritaria de sucesso. E quem não for bem sucedido, vibra com outros ou reage com inveja, o que não faz diferença para o processo de desintegração definitivo…

O forte impulso de muitos seres humanos, de conseguir para si um forte sentimento de vida através de acontecimentos artificialmente criados, é característico do estado da dissolução ameaçadora.

Contudo, também existem outros indícios de um início de desintegração da personalidade: o impulso para uma constante bondade aparente, mas que nunca está disposta à luta; o impulso que, mesmo no abismo mais profundo da escuridão, ainda quer conciliar e, em vez de chamar para a luta contra o que está errado, quer advertir ainda para a tolerância. Trata-se de seres humanos que toleram mesmo os piores comportamentos de seus próximos e, com isso, apoiam o mal, enquanto eles mesmos têm a sensação de serem generosos e bondosos. Que se consideram muito sensíveis, mas no fundo são apenas instáveis. A esses seres humanos falta a energia para se impor contra as trevas. Sempre querem conciliar e sair de tudo pacificamente. Trata-se de almas fracas, não dispostas a lutar, que sucumbem ao primeiro sopro de vento. Em sua fraqueza, nada terão em seu arsenal para contrapor a uma dissolução já atuante. Por fim, terão que sofrer e perecer sob os mesmos maus comportamentos que queriam admitir em sua tolerância errada.

Diferentemente aqueles, cujas almas ainda não querem se conformar com o começo da desintegração e, por isso, sempre impelem para uma vivificação. Estas necessitam da luta, da agitação e do estresse, porém, não para salvação de sua alma, mas, sim, pela própria luta. Por toda parte existem somente coisas erradas sob o signo de um processo de dissolução.

Existem tantos exemplos para isso. Todos eles têm a mesma origem. Mencionemos tranquilamente também o impulso não-natural por atividade sexual, que já há muito não pode mais ser considerado como normal, com todas as suas variações. Vede também o forte desejo de ser admirado, a necessidade de consumo e a mania de acumular todos os bens possíveis. Gula e sensualidade, a necessidade de eterna tranquilidade na inatividade e a terrível mania de ter sempre razão, que frustra qualquer verdade. Poderia ser enumerada tanta coisa, que também em cem páginas não teria mais espaço. Tudo isso se originou do libertino mundo humano de sentimentos o qual, sem impulsos da intuição, já por muito tempo atua freneticamente entre os seres humanos terrenos. É um mortificar da capacidade de intuir e, simultaneamente, oferece à alma um substituto que aos poucos leva à dependência. Obsessão humana por sucesso terreno, distração e todas as formas de vício. Mesmo o mais simples pendor é fatídico em seu efeito.

No entanto, as irradiações que estão se aproximando, que vieram junto com o emissário, elas desintegram agora tudo que está errado em vossa personalidade. Ai daqueles que não podem, através de sua intuição, chamar de sua uma consciência espiritual, na qual, então, podem se apoiar.  Estes desaparecerão sem piedade e estarão extintos, porque nada deles restará. Eles podem, então, apelar ao seu intelecto, pois ele afinal lhes dará o golpe mortal.

Libertado estará então o germe que, sem a consciência, será recolhido para a pátria.

De lá ele poderá um dia, seguindo a um impulso, iniciar novamente a jornada para o desenvolvimento próprio.

Muita coisa em vossa personalidade tem que se dissolver novamente, muita coisa que se desenvolveu de modo errado precisa ser retirada.

Este acontecimento deve se tornar doloroso para vós, uma vez que não quereis reconhecer nisso nada de errado e até acreditais ter direito a isso! Devereis ser purificados. Contudo, muitos ainda podem ser salvos, se aquilo que lhes permanecerá após a purificação tiver força suficiente para vibrar na Luz.

A ponta da Espada foi mergulhada no vosso mundo para libertá-lo. Um emissário veio para vos trazer os últimos golpes. Esses esbravejarão terrivelmente entre as almas humanas. Assim que tudo isso estiver concluído, também será permitido ao Amor trazer-lhes cura, pois Ele também foi enviado para vós através do mesmo mensageiro. Porém, Ele ficará retido inicialmente, até que tudo o que não deva esperar por salvação tenha sido varrido. A cura que os remanescentes recebem então para a ascensão derramar-se-á sobre o mundo desprendido, e tudo o que os enteais já há muito configuraram às escondidas, irradiará gloriosamente na Luz.

Atentai aos sinais, pois a hora está próxima, muito próxima… !

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Ass.  Simon

13 de janeiro de 2014